Secret love

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O amor entre linhas

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Meus olhos pouco púdicos em você



Eu vejo seus passos:
os teus olhos vorazes,
a tua boca impaciente.

Eu vejo seus passos:
os teus movimentos inexatos,
o teu objetivo claro.

Eu vejo seus passos:
ouço tua voz imperativa,
seu ato,
meu prazer.

Eu vejo mais
e além, por que,
é assim,
quando você se perde,
dentro de mim.











domingo, 7 de agosto de 2011

Queísmo apaixonado



Eu acho que vai sair pela boca,
meu amor por você.
Que vai explodir meu peito,
meu amor por você.
Que não existe palavra que  mensure,
meu amor por você.

Que não existe história,
igual a nossa.
Que não existe musica,
dessa nossa narrativa.
Que não há imagem,
para tornar tangível nosso sentimento.

Não consigo contar,
meus batimentos ao te ver.
Não existe ambiente,
quando te encontro.
As lagrímas não são sufucientes,
por não mais te ter.

Nada é absoluto,
louco,
ou sublime
quanto meu amor por você.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

A mulher de Escorpião

Minha amiga, Michele Ferreira enviou isso e disse:
Sua descrição Versannio (cuspida e escarrada, diga-se de passagem)






A mulher de Escorpião


Certamente as nativas de escorpião são sedutoras. Mas ao contrário das librianas, não é bem como se fosse uma aura. Em escorpião quando se trata de seduzir a coisa parece
sobrenatural, tamanho o poder e hipnose. E o fato de que elas parecem não saber o poder que tem, só torna a coisa ainda mais intrigante. E bem, você também não saberia se ela soubesse, porque nada pode atravessar a barreira que a mulher de escorpião cria entre ela e o mundo. Ninguém sabe direito o que se passa ali. A única vez que você vai ver a pessoa escondida por tras daqueles olhos feitos de imã será em seus acessos de fúria. E nenhuma mulher é tão aterrorizante quanto esta furiosa. Todo mundo vai duvidar quando você disser isso, acostume-se. Vão olhar pra você com cara feia pensando: "como ele pode dizer uma coisa dessas sobre uma menina tão meiga e delicada?". Elas sabem esconder o que são ou sentem.
É difícil dizer se você está apaixonado por essa mulher ou se foi simplesmente impossível desviar do feitiço que o olhar impenetrável dela lhe lançou. É uma femme fatale. Dizem que mexem com magia negra. Só intriga da oposição, claro. Mas eu não duvidaria tanto assim se tentassem me convencer.
Ela admira a ambição e coragem num homem. Se parecem com as arianas em precisar de um homem que as orgulhe e as domine, sem mexer, claro, com sua individualidade escondida por antigos encantamentos. Uma vez em sua companhia, a credibilidade de um homem só tende a crescer mais e mais, porque ter chamado a atenção de uma mulher dessas não é pouca coisa. E assim que tenha é bom estar preparado para a intensidade de sua paixão. E quando eu digo intensa não é só um adjetivo que encontrei. Realmente é, como não se encontra por ai. As mulheres de escorpião são apaixonadas em tudo mas funcionam como uma represa, meticulosamente contida por seus olhos.
Mas eu vou logo avisando, a menina é possessiva, mas não tolera possessividade. Num é bom? rsrs E não serão poucos os homens sendo atraídos pelo magnetismo pessoal desta pessoa. Acho que é melhor nem discutir muito porque ela é tão... que ela vence até quando perde. A última palavra é dela. Aqui não tem meio termo. Ou ela vai te amar muito ou nada. E ficará infeliz se tiver que viver numa situação mais ou menos.
As nativas do signo são donas de grandes virtudes e isso é inegável. Bem como seus defeitos são igualmente grandes. Dificilmente essa mulher será uma hipócrita. Ela não precisa estar casada para que seu relacionamento com alguém seja verdadeiro e acima de muito amor egoísta dentro dos conformes. Ela não entende outra lei senão a de seu próprio coração e acho que esta é uma de suas maiores definições.
Intensidade, paixão, força, coragem, independência.
Devidamente apresentadas.
;)

Michele:
Nem lembra vc né?!..




terça-feira, 19 de julho de 2011

Do inferno ao céu em 30min .



Ele  grita mais alto:
“Eu não entendo você! “
Sem forças, não  aguento mais e choro soluçando, me ergo  do apoio que arrumei (a geladeira) e grito ainda mais que ele:
“Eu não sei o que você quer de mim! Eu não sei me comportar com você, nessa merda de relação!  Já tentei ser a vadia dos seus sonhos machistas, já fui a namorada carente  e romântica e agora, sou a mulher complacente, que fica gritando, chorando, fraca e estúpida, nessa merda de relação... eu só... só, não sei...”;  voltei a chorar.
Ele me falou, (ao invés de gritar) pela primeira vez nos últimos 20 min:
“Eu sei o que você  “foi” , o que você fez e o que ta fazendo. Eu só não quero nada de mentira.”
Engoli o choro, funguei a coriza e disse dura:
“Eu nunca menti  o que sou. Eu mudo pra te agradar, pra te manter interessado em mim, pra  te manter aqui...”
Estava chorando, de novo, quando  ele me deu um copo de água, limpou e ergue meu rosto eu assim, podendo ver  que ele também estava chorando, pelo jeito, há tanto tempo quanto eu. Continuei:
“Eu não quero te perder e, e... eu me esforço todo dia pra ser alguém interessante pra você,  na cama, no dia a dia,  na merda do relacionamento e, droga, eu te amo ( ele me deu um selinho e disse: “Eu também”)   Eu odeio me expor  assim, odeio falar  essas coisas, mas, elas pulam da minha boca rasgando  meu peito, toda vez que eu acordo e você ainda ta ali, do meu lado. ”
Ele me beijou  longamente e disse, já com ternura nos olhos:
”Essa, agora, aqui na minha frente é você, a minha pequena grande mulher. Para com isso de ser vadia, namorada,  esposa “complacente” você e o vocabulário (ele riu). Amor, eu  gosto de você tentando proteger seu coração toda vez que quer dizer que  me ama,  dizendo: “essa merda de relacionamento”. Ou a maneira como  você compra, sempre, um vestido depois que eu te disse que adoro você neles  e eu sei o quanto você se esforça pra escapar  das pernas do seu jeans skinny. ”
Eu disse:
 “Desculpa, eu..., eu só, tentei...”
Ele: 
“Amor, eu também tenho medo. Ta bom, essa a 1º e última vez que você vai ouvir isso, mas, é só por que eu estou morrendo por ter te feito sofrer desse jeito:
Eu tenho medo todos os dias de te perder. Você nunca viveu  o que a gente tem nunca se jogou da maneira que eu te convido a fazer todos os dias; tenho medo que você prefira a segurança que viveu esses anos  todos, á se arriscar por mim, comigo.
 Você tem  outras opções, eu vejo os caras no seu serviço, na faculdade, ou num barzinho quando saímos, quando  você fala todo mundo te ouve e eu fico ali, de espectador babão, temeroso que não seja suficiente pra  você.
Quando você muda, eu percebo;  sei  das suas manobras depois  do inferno que eu passo com a sua tpm: a provável lingerie nova, o presente inesperado, eu sei e  também  gosto, no entanto, nada se compara com  você de tpm!  e só eu posso ver, sou eu quem você permite participar do seu mundo. É um inferno;  que mulher e é minha?
Por favor, me perdoa não ter dito nada disso antes, pra variar eu tive medo que você pensasse que sou  um chiclete/carente/ apegado  e pegasse o 1º voo  de volta pra SP, alias, queria que mais nenhum avião pousasse aqui. 
Ei, ainda ama esse covarde? ( ele me ergueu para que eu ficasse frente aos seus olhos, majestosos inquisidores da minha alma)
Meio às soluções que findavam, disse:
Amo mais; se for possível. Vou por a nossa musica.”
Ele:
Põe, eu quero te amar.”

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Deslize e casamento


Saí do provador:
" E aí? "
Ele riu, depois fingiu uma cara de sério; eu insisti:
"Fala, tá bom?"
Ele respondeu:
"Você tá linda", e deu mais uns risinhos; fiquei bravinha:
"É sério, por que você tá rindo seu besta?"
Ele, não segurando mais o tom de deboche, disse:
"Ta sexy, amor, só que você tá parecendo uma abelha!"; gargalhando sentado no provador da frente.
Irritada, pois, tinha mesmo gostado do vestido, disse:
"Abelha sexy, o cacete!"
Arranquei o vestido sem pensar em quem estava por ali e, acostumada com a nossa intimidade, não me importei em ficar  de calcinha e salto alto pelos segundos que levei para tentar pegar a peça do chão, dar meia volta e entrar novamente no provador.
Bastou. Ele deu um pulo do banquinho, me pegou pelo braço com força, me empurrou contra o espelho e puxou a cortina dizendo:
"Você é louca?"
Respondi perguntando o que tinha feito; olhei sem entender aquilo,assustada com a força e aspereza do comportamento dele, que estava realmente bravo e... excitado.
"Que foi que eu fiz?" falei, olhando para aqueles olhos, nunca tão verdes e que me devoravam; entendi quase tudo e  fiz minha parte. Acabamos num amor/sexo rápido, violento e eficaz; recolhi o vestido, estopim de tudo, coloquei meu jeans e antes de falar alguma coisa, ele saiu dali transtornado, em silêncio.
Passei o resto do dia com todas as emoções que a angústia pode trazer; o celular ele não atendia, no apartamento (nem no meu, nem no dele) não estava e também não tinha voltado ao escritório. Sumiu.
Em casa, já de madrugada só com a luz do abajur, eu estava encolhida no sofá vestindo a camiseta dele dormir, com o vinho no fim e todos os 4 aparelhos telefônicos dispostos na minha frente, na mesinha.
02h, 03h, 04h da manhã e nada, nenhuma notícia, sms ou bilhete; decidi que ligaria para polícia assim que amanhecesse. Não precisei. Ás 04h23min ele estava entrando em casa.
Desabei o mundo em lágrimas num abraço que queria engolir o corpo dele, depois, comecei a gritar, completamente histérica, questionando aquela maluquice, até que ele me interrompeu, segurando minhas mãos:
“Você nunca mais vai cometer aquele deslize, eu não vou deixar . Isso vai te lembrar, todos os dias o por que."
Ele tinha uma caixinha de camurça preta na palma das mãos.
"Aceita ser minha, pra sempre?"

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Pra enfeitar o nosso amor



Essa era a trilha sonora quando via teu sorriso:



Canções de rei, Max Viana
 
 
Se eu fosse algum rei,
Fosse o teu Senhor
Eu proclamava a tua boca
Um reinado meu
O teu corpo nu, meu santuário


Se eu fosse algum rei,
Teu imperador
Eu ordenava teu coração a gostar do meu
Cada dia teu, meu calendário...




Inventava canções de rei,
Conquistava o teu amor,
Desobedeceria a lei,
Revelava quem eu sou

Te mostrava que só eu sei,
Onde tudo começou
Inventando canções de rei
Pra enfeitar o nosso amor...

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Os olhos

Era o casamento da minha prima. Eu estava tentando tirar uma foto, não sujar o vestido e não “pagar calcinha” para levantar; chamei por uma das minhas amigas, mas, ela não ouviu, estava de conversa com um rapaz. Decidi levantar sozinha, pensando“por que seria tão grave “pagar calcinha”, um tanto de famosas fazem isso”;  apoiei o braço, estava quase me erguendo quando ouvi:
 “ Apóia no meu ombro”. Segurei com força o ombro voluntário, olhando para cima, buscando o rosto do cavalheiro e no momento em que o encontrei fiquei presa a seus olhos; o tempo parou, tudo ao nosso redor girou, meus cabelos pendiam sobre o braço que me amparava, com força suficiente para que  me sentisse segura ali.
Muito levemente, ele me girou frente ao seu corpo largo e já de pé, a seu lado ele disse: “se você quiser qualquer coisa, pode me chamar”, beijou o colo da minha mão e saiu.
 Tudo isso transcorreu no tempo de um arfar, ninguém além de mim reparou  no que aconteceu e eu refletia o porquê do meu  coração doer de tão acelerado e minha visão repetir a imagem daqueles olhos verdadeiros imãs negros, misteriosos.Na  festa por mais que o procura-se não o encontrava pois, naquele momento mágico que ocorreu não consegui prestar atenção em mais nada que pudesse descrevê-lo que não os olhos.
Enquanto meu corpo respondia excitado á lembrança das mãos fortes, do abraço quente, da voz gentil e claro, dos enigmáticos olhos eu era  constantemente aborrecida com os bilhetinhos de algum garçom da festa, um saco.
No fim da festa, depois de horas procurando o causador do meu frenesi, não o encontrei; cumprimentei os convidados restantes, me despedi dos noivos e parei na mesa de café (precisava de um doce) foi quando, pela 16º vez, uma garçonete me entregou mais um bilhetinho do tal garçom.
Irritadíssima, com todo o infortúnio da noite, tomei ferozmente o bilhete das mãos da garota e caminhei pelo salão fazendo todo barulho possível com meu salto alto, até a cozinha.
Na porta, apoiei uma mão na cintura e a outra balançava o bilhetinho ao som inquietantemente do bater de um dos meus pés no chão e disse:
Quem é o Marcelo?
Ninguém respondeu; fui até o meio do corredor e repeti a pergunta e de novo, nada; virei  e saí, literalmente, marchando cozinha fora, emputecida, até ouvir:
 “espera moça!”
Meu coração parou, eu já ouvirá aquela voz. Dei meia volta; o provável interlocutor caminhava a passos largos até mim, de cabeça baixa, as mãos na nuca.
 A um palmo de mim, ele tirou o toque blanche e o coração que estava parado, agora, queria abrir um buraco e saltar fora do meu peito: eram os olhos que tanto busquei.
Aqueles olhos negros que me ergueram, sustentaram e  encantaram; os únicos donos daquele turbilhão sem porque dentro de mim. Ele disse:
“Oi, sou eu, te ajudei a levantar quando, você tava se contorcendo pra tirar uma foto, lembra?” Só consegui sibilar:
“uhun”
Ele continuou:
 “Você não respondeu nenhum bilhete e ta brava, devo me desculpar?” Com muito esforço respondi:
“não”.
Ele rio (o riso mais lindo que vi até hoje), pegou minha mão falando:
“Vai parecer maluquice, mas, eu não consegui parar de pensar nos teus olhos a noite toda e, é, bom...” Arrumei alguma força e murmurei:
“procurei os teus até agora”.
O moreno, de cabelos pretíssimos, muito mais alto que eu ia dizer algo mais quando o beijei, na verdade, um “selinho” porquê tive medo da reação dele e voltei a minha posição anterior.
Ele me agarrou; uma das mãos na minha nuca segurava e puxava (num equilíbrio de força perfeito) meus longos cabelos; a outra, suspendia-me pela cintura até a altura dos seus lábios macios e agressivos (de novo, o equilíbrio), no beijo só não mais perfeito por me desligar, dos olhos que começaram essa história.